A quase totalidade das moedas é constituída por metais. O problema que mais interfere na conservação dos metais é a corrosão, um processo acelerado de oxidação, causado pela presença de oxigénio, de cloretos ou de dióxido de enxofre no ar. Esse processo é intensificado pela humidade e por poeira (impurezas que se depositam sobre os metais).
Se deixarmos que o pó depositado sobre a superfície de uma moeda permaneça sobre ela durante muito tempo, ele poderá formar células galvânicas muito pequenas que estimularão a corrosão. Os metais devem por isso ser mantidos limpos e secos.
Por outro lado, se dois metais diferentes permanecem em contacto prolongado, vai formar um eletrólito pela acão de humidade de sais minerais ou de impurezas, uma corrente elétrica circulará, e o metal menos nobre será corroído, enquanto o mais nobre será preservado, mas poderá ficar coberto pelos resíduos da corrosão do outro metal.
Na ordem da série eletroquímica, os elementos mais nobres vêm no final. Essa ordem é a seguinte: Alumínio (Al), zinco (Zn), ferro (Fe), estanho (Sn), chumbo (Pb), cobre (Cu), prata (Ag) e ouro (Au).Assim, se forem guardadas em contacto direto durante um certo tempo sem limpeza ou proteção prévias uma moeda de alumínio e uma de zinco, a de alumínio será corroída, enquanto a de zinco provavelmente ficará coberta e seguramente marcada pelo produto de sua corrosão. Portanto, deve-se evitar tanto quanto possível guardar lado a lado moedas de metais diferentes.
No caso de moedas folhadas - ou forradas – cujo núcleo tem uma composição diferente da camada externa (cobre forrado de prata, como em moedas romanas, por exemplo), pode ocorrer um processo eletrolítico entre a parte interna e a externa de uma mesma moeda, levando à destruição do núcleo.
Alguns pontos se tornam claros a partir desses dados:
1. Que as moedas devem ser limpas antes de serem guardadas
2. Que se deve evitar guardar moedas de metais diferentes em contacto direto
3. Que se deve evitar também, o máximo possível, a exposição prolongada de moedas à humidade e ao ar (que, como mencionado acima, contém oxigénio, gás carbónico e dióxido de enxofre, aceleradores do processo de corrosão).
De acordo com alguns manuais europeus de conservação, os arquivos de moedas deveriam ter aberturas para uma arejamento adequada de seu interior.
Outros manuais, em geral norte-americanos e canadenses, dizem exatamente o contrário, chegando a propor a guarda de moedas muito delgadas, como as bracteatas e outras moedas medievais, dentro de blocos compactos de resina sintética transparente moldada, solúvel, para impedir por completo qualquer contacto da peça com o ar.